Segundo paquete construído em Viana do Castelo em viagem inaugural até Lisboa

“World Voyager” entra em Lisboa esta quarta-feira acompanhado do “irmão”, o “World Explorer”, o primeiro navio oceânico de cruzeiros que a Mystic Cruises construiu nos estaleiros de Viana.

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"World Voyager" vai navegar com a chancela da Nicko Cruises, parte da Mystic Cruises DR
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Imagem promocional da Nicko Cruises DR
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O segundo de seis paquetes encomendados pela Mystic Cruises aos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo, já iniciou a sua viagem inaugural e tem chegada marcada a Lisboa para quarta-feira, às 11 horas, foi esta terça-feira divulgado pela empresa proprietária.

Em comunicado, a empresa de Mário Ferreira adiantou que a chegada do World Voyager à capital portuguesa acontecerá simultaneamente com a do primeiro navio oceânico de cruzeiros (World Explorer) que a Mystic Cruises construiu nos estaleiros da subconcessionária dos extintos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

"Os dois navios vão ficar atracados no porto de Lisboa antes de voltarem à actividade com cruzeiros em destinos exóticos que incluem a Antárctida, o Árctico, Fiordes da Noruega, Mediterrâneo ou a América do Sul”, explica a nota.  

Segundo a empresa a deslocação dos navios para o porto de Lisboa, prende-se com a necessidade de libertar espaço nos estaleiros da West Sea para início dos trabalhos de conclusão do terceiro e quarto paquetes daquela frota oceânica.

Num ano que tem sido particularmente difícil para a indústria de cruzeiros, colocando em risco algumas das maiores empresas do sector e milhares de empregos a nível mundial, as empresas da MysticInvest, holding portuguesa que agrega a Mystic Cruises, mantiveram em curso os seus planos de expansão, com uma forte aposta no desenvolvimento e construção naval, reforçando a sua posição no mercado mundial de cruzeiros”, reforça a nota.

Em Agosto, em declarações à agência Lusa, o empresário de Mário Ferreira disse que este ano pagou 110 milhões de euros aos estaleiros de Viana do Castelo pela construção daqueles paquetes.

Com capacidade para 200 passageiros e 130 tripulantes, os navios, de construção nacional, estão preparados para navegar nos mares gelados da Antárctida e do Árctico, bem como realizar cruzeiros transatlânticos e programas de exploração em alguns dos destinos mais “exclusivos do mundo”.

Em Outubro, o administrador da Martifer, que detém a West Sea, afirmou que, na construção naval, o empresário Mário Ferreira é o único cliente dos estaleiros.

Carlos Martins adiantou que 2020 é o “melhor ano de sempre” desde 2014, quando assumiu a subconcessão dos estaleiros navais de Viana do Castelo, apontando uma facturação de 100 milhões de euros.

O responsável, acrescentou que a carteira de encomendas da empresa é “muito sólida”, tanto na construção como na reparação naval e que, este ano, trabalham, em média, nos estaleiros, por dia, nos estaleiros mais de 1.200 trabalhadores.