Magik Markers entre a luz e a sombra, o pesadelo e a esperança

2020 marca o reencontro com os Magik Markers, banda de culto, mestra do rock enquanto espaço de liberdade e exploração. O ano marca o tom. O novo álbum vive entre luz e sombra, pesadelo e esperança. Elisa Ambrogio, Pete Nolan e John Shaw falam ao Ípsilon.

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Elisa Ambrogio

Surf’s up”, dizem logo no início. O corpo a deixar-se arrastar nas ondas, o corpo a deixar-se ir sem pressas, que a viagem tem regresso marcado: “I’m coming home today” canta Elisa Ambrogio em tom de vigília entre as notas de um piano assombrado. Surf’s up e já estamos longe. A guitarra toma o lugar do piano e há-de distorcer e contorcer-se como a Old Black de Neil Young em jam com os Crazy Horse. Oito minutos depois, tudo se liquefaz até ao silêncio. Dolência ilusória, prenhe de tumulto e inquietação, esta de Surf’s up. Magnífica e certeira introdução para 2020, álbum que, sete anos depois, nos devolve os Magik Markers, banda de culto, banda charneira do noise rock da década passada, banda a canalizar em música livre o espírito inquietante de um tempo.

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