Ingeborg Bachmann e Paul Celan: à procura de uma linguagem do amor no pós-Holocausto

Durante 20 anos dois dos maiores escritores em língua alemã do século XX mantiveram uma relação apaixonada: primeiro, romântica, depois marcada pela falha do amor. As cartas que trocaram foram editadas num volume: Tempo do Coração.

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© Arquivo da Fami´lia Bachmann Suhrkamp Verlag

A filha de um ex-nacional-socialista de 22 anos e o único filho de um casal de vítimas do Holocausto seis anos mais velho encontraram-se em Viena na Primavera de 1948 e começaram uma relação amorosa pouco comum, quase sempre à distância, feita de silêncios, de interditos, de mal-entendidos, recriminações, rupturas, de uma tensão que transportou um trauma colectivo para a experiência mais íntima.

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