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Uma viagem feita de vinte viagens a Moçambique
Nos últimos anos, Helena Melo foi vinte vezes a Moçambique. Escreveu e fotografou sempre muito. Moçambique: A 21ª Viagem acontece no espaço Ler por Aí, em Lisboa.
Entre Agosto de 2013 e Outubro de 2019 foi vinte vezes a Moçambique. Viveu Moçambique mais de vinte vezes. Descreveu-nos o país fotografando-o. "Talvez tenha sido o país onde fotografei mais. Nem em Portugal fotografei tanto", diz à Fugas Helena Melo (Guarda, 1967), que no dia 31 de Outubro, pelas 16h, inaugura no espaço Ler por Aí, em Lisboa, a exposição Moçambique: A 21.ª Viagem, a segunda vida do blogue Moçambique e por aí. Para esta 21.ª viagem, Helena recupera retratos, paisagens e momentos, viagens de Pemba e do arquipélago das Quirimbas, na agora ameaçada província de Cabo Delgado, até à Ponta do Ouro e à fronteira com a África do Sul, na província de Maputo. "Voltaria sempre", diz a autora (uma carreira de 23 anos no PÚBLICO, com reportagens publicadas na Fugas) a propósito de um país "inseguro", "caro" e "muito pobre" — e "apaixonante". "Voltarei. Há sempre muita coisa que me cativa. É um país com potencialidades enormes que não são aproveitadas." Foram viagens sempre, ou quase sempre, feitas na companhia do Índico. "Faltou pouco para ser uma viagem do Rovuma ao Maputo, os dois rios que delimitam as fronteiras do país e protagonistas do slogan que a Voz da Frelimo divulgava, a partir da Tanzânia, durante a guerra da independência: 'Viva Moçambique unido, do Rovuma ao Maputo'". A exposição fica no espaço Ler por Aí até ao dia até 27 de Novembro.