Morreu Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos
O coleccionador de arte, filho do primeiro africano a fundar um banco na África Subsariana, estava a fazer mergulho subaquático no Dubai quando, por razões ainda não esclarecidas, acabou por ficar sem oxigénio e morreu afogado.
O coleccionador de arte e empresário congolês Sindika Dokolo, marido da empresária angolana Isabel dos Santos, morreu esta quinta-feira no Dubai, vítima de afogamento enquanto fazia mergulho ao largo da costa do emirado. A notícia foi avançada pelos meios de comunicação congoleses e confirmada pelo assessor pessoal do Presidente da República Democrática do Congo, Michée Mulumba na sua conta do Twitter.
“Foi durante um mergulho submarino que partiste para a eternidade. Uma actividade habitual que te arrebatou do teu combate, dos teus próximos… Descansa em paz, caro Sindika Dokolo”, escreve o assessor de Félix Tshisekedi.
C'est au cours d'une plongée sous-Marine que tu es parti pour l'éternité. Une activité habituelle qui t'a arraché de ton combat, de tes proches...Repose en paix, cher @SindikaDokolo! pic.twitter.com/8wnQv3DKtw
— Michée Mulumba (@mimul20) October 29, 2020
Na sua página de Instagram, Isabel dos Santos tem uma fotografia com o marido e o filho mais novo ao colo e duas únicas palavras “My Love”, meu amor. Na mesma página são já várias as pessoas que deixaram mensagens de condolências para a filha de José Eduardo dos Santos.
Sindika Dokolo, de 48 anos, era filho do primeiro africano a criar um banco em África, Augustin Dokolo, e continuava a manter laços muito fortes no seu país, a República Democrática do Congo, onde lutou para evitar que o ex-Presidente Joseph Kabila levasse a dele avante, tentando um terceiro mandato que a Constituição lhe vedava.
Foi condecorado pela Câmara Municipal do Porto com a medalha de ouro da cidade, na altura em levou a sua importante colecção de arte africana para ser exibida na cidade.
A Fundação Sindika Dokolo adquiriu a Casa de Manoel de Oliveira por quase 1,6 milhões de euros para aí instalar a sua sede, mas o projecto nunca saiu do papel. E depois do Luanda Leaks e das investigações à fortuna de Isabel dos Santos, já não se esperava que o mesmo viesse um dia a concretizar-se.