Numa breve conversa exclusivamente sobre as garantias de acesso a uma eventual vacina, o médico anátomo-patologista Jorge Soares cita Winston Churchill para concluir que “temos de ser optimistas porque, tal como o mundo está, não adianta ser outra coisa”. Em tempo de pandemia, as alianças entre países para garantir a equidade de acesso a uma vacina ou tratamento – como a Covax (Mecanismo de Acesso Mundial às Vacinas contra a covid-19) – serão boas intenções sem grandes consequências, diz-nos o especialista. Mas, apesar disso, são necessárias. São, aliás, tudo o que nos resta numa altura em que devíamos estar a reforçar os valores de colaboração, cooperação e solidariedade. Em vez disso, vemos os países em competição e empenhados numa “espécie de nacionalização de vacinas”, lamenta o presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.