Sondagem: 67% rejeita demissão do Governo em caso de chumbo do OE

A percentagem aumenta entre os eleitores da CDU e do Bloco de Esquerda.

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Governo tomou posse há um ano e um dia Nuno Ferreira Santos

Os portugueses inquiridos pela Aximage para uma sondagem divulgada nesta terça-feira no Jornal de Notícias e na TSF não querem que o Governo se demita em caso de chumbo do orçamento e acham que deve manter-se em funções, gerindo duodécimos. Em concreto, 67% dos 624 entrevistados rejeitam uma crise política.

Entre os que admitem votar à esquerda, a percentagem aumenta ainda mais para 83% no caso da CDU e 82% entre os apoiantes do Bloco de Esquerda. O valor não baixa muito nem no caso dos eleitores do PSD: 64% entendem que o Governo não deve sair de cena se o Orçamento do Estado para 2021 for chumbado.

O trabalho de campo deste estudo de opinião realizou-se entre os dias 22 e 26 de Outubro, quando já se sabia que o Bloco de Esquerda votaria contra do OE, assim como o PSD, o CDS, o Chega e a Iniciativa Liberal, e que o PCP, o PAN e as duas deputadas não inscritas viabilizariam o documento. Faltava apenas conhecer a posição do PEV, que será revelada nesta terça-feira.

Apenas 17% dos inquiridos, entre os quais estão sobretudo eleitores do Chega e do Livre, consideram que o Governo devia sucumbir à crise política e demitir-se perante um eventual chumbo do OE2021. O eleitorado do CDS apresenta-se dividido.

Orçamento aprovado

De acordo com os dados da sondagem, 60% dos inquiridos entendem que a esquerda deveria viabilizar o Orçamento de Estado para 2021 (apenas 14% estão contra) e esta ideia é válida mesmo entre os inquiridos que se dizem do Bloco de Esquerda: 68% querem que o OE passe (no caso dos comunistas a percentagem desce para 61%). Os eleitores da Iniciativa Liberal são os mais claros a defender que a esquerda não devia aprovar o Orçamento (os do CDS e do Chega estão divididos).

A sondagem contou com 624 entrevistas e foi realizada pela Aximage para a TSF e o JN entre os dias 22 e 26 de Outubro. À amostra corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,7%.

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