PS volta a adiar reunião para debater presidenciais
Decisão só será tomada a 7 de Novembro. Partido quer cumprir restrições aprovadas em Conselho de Ministros.
O PS voltou nesta segunda-feira a adiar a reunião da comissão nacional para debater a posição que o partido assumirá sobre as eleições presidenciais e o candidato a apoiar. O adiamento para uma semana depois - 7 de Novembro - foi avançado pelo PS em nota enviada à comunicação social e justificado com “as restrições de circulação aprovadas na última reunião do Conselho de Ministros”, nomeadamente a proibição de circular entre concelhos.
Inicialmente, a reunião chegou a estar agendada para 24 de Outubro, mas foi adiada para 31 por coincidir com o dia de reflexão nas eleições regionais dos Açores, que se realizaram no último domingo.
“A reunião da comissão nacional do Partido Socialista, que estava marcada para dia 31 de Outubro, foi reagendada para dia 7 de Novembro, devido às restrições de circulação aprovadas na última reunião do Conselho de Ministros”, lê-se na nota.
O encontro, convocado pelo presidente do PS, Carlos César, “mantém a mesma ordem de trabalhos, que será dedicada à análise da situação política e às eleições presidenciais”. A comissão nacional realiza-se às 14h30, no cineteatro Capitólio, em Lisboa.
Em entrevista ao PÚBLICO, o primeiro-ministro revelou que no mesmo dia se realizará uma reunião do secretariado nacional do partido, ao qual António Costa fará chegar a sua proposta sobre a posição que o partido deve tomar relativamente ao tema central em discussão.
As pressões para que o PS tomasse uma decisão sobre que candidatura apoiar nas presidenciais de Janeiro de 2021 começaram quando a socialista Ana Gomes se apresentou como candidata. Nessa altura, além da própria ex-eurodeputada, Manuel Alegre lamentou o silêncio do PS e considerou que a natureza do regime semipresidencialista estava a ser desvalorizada.
“Não se pode desvalorizar assim o regime semipresidencialista. Os patronos deste regime, como Salgado Zenha, Mário Soares, Sottomayor Cardia e José Luís Nunes, só para falar de alguns dos que já não estão entre nós, não ficariam de certeza muito satisfeitos com isto”, afirmou.