Desde lá atrás no futuro, uma nova sensação
Criando música electrónica para programas televisivos imaginários, uns inspirados Folclore Impressionista criam um lugar em que o passado é um futuro que não chegou a ser.
O que está lá, ou seja, aquilo que ouvimos nitidamente, não tem que corresponder exactamente ao que o som sugere. Quando do lançamento da sua primeira edição, Campos Espectrais Vol. 1, o trio que forma os Folclore Impressionista, banda que não é exactamente uma banda (formam-na João Paulo Daniel e Sérgio Silva, músicos que encontrávamos nos Hipnótica ou na primeira fase dos Beautify Junkyards, e o artista visual António Caramelo), dizia ao Ípsilon que a sua música se baseia numa “ideia de atmosfera”: “Trabalhamos sobre atmosferas e não sobre detalhes”, explicavam. Campos Espectrais Vol. 1 (2018) fora inspirado pela paisagem dura e majestosa de Foz Côa e criado através do mergulho na paisagem, nos seus sons e memórias nela preservadas, reunindo depois recolhas de campo a uma electrónica ambiental, espectral (repitam-se os adjectivos, que são determinantes), avançando em lenta mutação.
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