“Vamos sentir durante muitos anos a falta de assistência a doentes não-covid”
A falta de profissionais de saúde em número suficiente para fazer face aos desafios na saúde, em actividades que digam respeito à covid e fora do âmbito da pandemia, é um problema apontado por muitos responsáveis.
Na semana em que os casos de covid-19 dispararam e os primeiros efeitos se começaram a fazer sentir nos hospitais, escolhemos nove unidades de saúde e fomos falar com quem precisou de lá ir por razões que nada têm a ver com a pandemia. Nuns casos encontrámos filas na rua, salas de espera cheias, queixas de consultas e cirurgias adiadas uma, duas, três vezes... Noutros casos elogios à organização, ao cumprimento de horários de consultas e ao esforço para se recuperar o que ficou atrasado. Mas Noel Carrilho, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), não tem dúvidas. “Vamos sentir durante muitos meses, possivelmente muitos anos, a falta de assistência a doentes não covid. Estas consequências vão perseguir-nos.”
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