Governo vai receber 500 mil testes rápidos da Cruz Vermelha
Revelação foi feita, esta sexta-feira, pela ministra da Saúde em conferência de imprensa. Primeiros 100 mil testes chegam em Novembro.
Portugal vai receber 500 mil testes rápidos, reservados pela Cruz Vermelha, para serem usados em contexto de surto de covid-19. A revelação foi feita, esta sexta-feira, pela ministra da Saúde em conferência de imprensa. A primeira tranche, cerca de 100 mil testes, chega na primeira semana de Novembro, explicou Marta Temido.
“Quero destacar que o ministério da Saúde aceitou a disponibilidade da Cruz Vermelha Portuguesa para o fornecimento de testes rápidos. Estão pré-reservados, pela Cruz Vermelha Portuguesa, um total de 500 mil testes. [Serão recebidos] Em tranches, fatias, porções, de forma faseada ao abrigo de um financiamento europeu. A primeira fase de entrega, 100 mil testes, será na primeira semana de Novembro e serão utilizados nas condições definidas pela norma de estratégia nacional de testes para a SARS-CoV-2 em contexto de surtos”, explicou Marta Temido.
A ministra garantiu ainda que estes testes, adquiridos ao abrigo de um programa de financiamento europeu, não terão qualquer impacto orçamental no Serviço Nacional de Saúde (SNS). No início da conferência, admitiu que os próximos dias poderão ser complicados e colocar uma forte pressão nos hospitais do SNS.
Quanto aos números de surtos em lares, a ministra revelou os dados das autoridades relativos a este indicador, começando por explicar que estão identificados 107 surtos activos nestas instituições, que juntam os grupos com maior risco. “Estes 107 surtos activos estavam divididos entre 29 na região Norte, 17 no Centro, 49 em Lisboa e Vale do Tejo, oito no Alentejo e quatro no Algarve. Abrangiam cerca de 1400 utentes e 570 funcionários destas estruturas. É um dos aspectos que mais preocupação tem suscitado desde o início da pandemia”, admitiu Marta Temido.
Relativamente à evolução da pandemia de covid-19 nas escolas, Marta Temido aponta 63 escolas com surtos activos, garantindo que a decisão de manter a actividade nestas instituições de ensino está em linha com as indicações internacionais. “Fez parte da nossa estratégia não encerrar as escolas a não ser em caso extremos, algo a que a Organização Mundial da Saúde tem apelado”, justificou.