GNR abre processo interno para averiguar origem de surto de covid-19 no Porto
Dois almoços podem estar na origem do surto. Um deles terá juntado 70 militares para assinalar a despedida do coronel Jorge Ludovico Bolas da liderança do Comando Territorial do Porto.
Um surto, que já conta 31 militares da GNR infectados, pode ter tido origem em dois almoços festivos, um dos quais juntou 70 militares para assinalar a despedida do coronel Jorge Ludovico Bolas da liderança do Comando Territorial do Porto.
Segundo noticia o Jornal de Noticias, vários outros guardas estão em isolamento e há três serviços que já foram encerrados. Em comunicado, a GNR informou que já foi aberto um processo interno para averiguar as circunstâncias da ocorrência.
O primeiro almoço terá tido lugar no dia 8 deste mês e reuniu cerca de 70 militares na messe dos guardas do Quartel do Carmo. No dia seguinte, 9 de Outubro, a messe dos guardas terá recebido mais um almoço-convívio com 20 pessoas.
Três dias depois, um militar que participou nos dois eventos terá acusado positivo no teste à covid-19.
Num comunicado, divulgado na manhã desta sexta-feira, a GNR informou que o Comando da Guarda mantém como prioridade a prevenção da doença, a contenção da pandemia e a garantia da segurança de todos os militares da Guarda e dos cidadãos.
E que, nesse sentido, “para além de garantir a distribuição de equipamento de protecção individual aos militares de todo o dispositivo, está implementado um plano de contingência, ao qual são frequentemente acrescentadas medidas complementares, que prevê o cumprimento escrupuloso das medidas de preservação sanitária e conduta social em vigor, designadamente, o distanciamento social, a etiqueta respiratória, a higienização e as medidas de protecção implementadas do antecedente”.
Segundo a GNR no Comando Territorial do Porto, até dia 22 de Outubro, encontravam-se 31 militares positivos (no domicílio) e 17 militares suspeitos em isolamento a aguardar resultado de teste efectuado, perfazendo desta forma um total de 46 militares na situação de quarentena.
“O efectivo desta Unidade da Guarda é de 1625 militares, pelo que desta situação não resultou qualquer limitação ao cumprimento da missão da GNR”, lê-se no mesmo comunicado, que sublinha o facto de as instalações terem sido já desinfectadas pela Unidade de Emergência, de Protecção e de Socorro (UEPS).