Jim O’Rourke deu música ao Mosteiro de Tibães. Ou será que foi ao contrário?

Dono de um percurso singular na música contemporânea, com saltos entre o rock alternativo e o experimentalismo, o compositor norte-americano, há mais de 15 anos a viver no Japão, escreveu uma peça sonora para o Mosteiro de Tibães no âmbito do festival Semibreve, que celebra o décimo aniversário com uma edição adaptada à pandemia. O pau para toda a obra musical, que evita entrevistas, fala ao PÚBLICO sobre gravar para um monumento a partir do que o monumento lhe dá e sobre uma carreira tão improvável como extraordinária.

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Tocou com os Sonic Youth entre 1999 e 2005. Produziu álbuns de incontáveis nomes obrigatórios da música contemporânea (os belíssimos Stereolab, os orgulhosamente independentes Superchunk, a harpista Joanna Newsom, o guitarrista John Fahey ou os alemães Faust surgem na extensa lista de colaborações) e até ganhou um Grammy pelo trabalho feito com os Wilco de Jeff Tweedy no disco A Ghost Is Born, de 2004. Ensinou canções dos AC/DC aos jovens que protagonizam a longa-metragem Escola do Rock, escreveu bandas sonoras para filmes do realizador Werner Herzog e os nomes de quatro dos seus álbuns a solo mais “acessíveis” homenageiam a obra de Nicolas Roeg. Ele que sempre quis ser cineasta... Mas, em miúdo, uma guitarra usada era mais barata que uma câmara.

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