Quase 30 artistas abrem a porta dos estúdios a quem quiser espreitar o seu processo criativo, em Faro. Para Toma Svazaite e Daniela Garcia, na primeira edição do Open Studios Faro foi preciso um “trabalho mais activo para captar participantes”, mas este ano os artistas já “contactaram directamente a organização” e há “visitas dirigidas às escolas secundárias”. Ao todo, são 16 espaços que abrem as portas durante os três dias e onde participam artistas “de várias áreas” com maior incidência nas artes visuais, mas com “apontamentos performativos, arquitectura, tatuagens, fotografia, joalharia, multimédia ou escultura”, sublinharam os dois membros da organização.
Os estúdios espalham-se um pouco por toda a cidade, incluindo na Ria Formosa, onde está instalado um atelier flutuante, cuja visita é possível, mediante marcação prévia e uma pequena viagem de barco. A intenção do evento é abrir espaços habitualmente vedados ao público, como as antigas carpintarias da Câmara de Faro, junto ao Museu Municipal, que vão servir de base à exposição Blindfold Sessions - Dialogue at the Infinity, elaborada em conjunto por Filipe Paixão e Gustavo Jesus. A inauguração, às 18h30 de sexta-feira, marca o início da programação.
Dois artistas não residentes em Faro “escolheram montar um estúdio improvisado” para “recriar o seu atelier e receber o público”. Um estará localizado no Largo da Madalena e outro na Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM).
O convite é para que o público crie o seu próprio roteiro, mas é possível realizar uma visita guiada, no sábado, às 10h, intermediada pela professora universitária Miriam Tavares. As questões do estado da arte também não são esquecidas, com um debate em torno da (sobre)vivência cultural em tempo de pandemia e o desenvolvimento da cultura em contingência, juntando no sábado às 18h, no Ginásio Clube de Faro, diversas experiências e perspectivas.
Para domingo, 18 de Outubro, está marcada uma intervenção de rua da artista Inês Barradas com a participação do público na elaboração de uma tela que “funde a pixel-arte com elementos encontrados nos tapetes de Arraiolos”. O evento termina com o concerto do projecto portuense META, na ARCM, que servirá como “mais um dos momentos de convívio entre os artistas” e onde poderão “partilhar algumas das suas experiências”, adiantaram.