Uma noite de longa espera num “pico” de urgências no Amadora-Sintra

Com o aumento de casos, cresce a pressão sobre os hospitais, com queixas de utentes com outras doenças que não a covid-19. No primeiro dia do estado de calamidade, o PÚBLICO esteve junto do Serviço de Urgência de dois hospitais que estão na linha da frente ao combate ao vírus: o Amadora-Sintra e o São João, no Porto.

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Rui Gaudencio/Arquivo

A mãe ligou-lhe na manhã de quarta-feira a dar conta de que o pai estava muito inchado, com muita sonolência e muito cansado, “quase sem conseguir andar”. Perante aquele cenário, Anabela Natário ligou para a Linha Saúde 24 para saber o que fazer e encaminharam-no para o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), o conhecido Amadora-Sintra. Quando chegou, Anabela conseguiu entrar no Serviço de Urgência Geral para acompanhar o pai de 89 anos. Passou por uma primeira triagem, que demorou cerca de 15 minutos, onde atribuíram uma pulseira verde. “A pulseira do meu pai tem a hora das 15h12.” Sentou-o numa cadeira de rodas e assim começaria uma longa espera de 14 horas nas urgências do Amadora-Sintra.

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