Defender as crianças num divórcio? Só com advogados especializados

Para conseguir pôr os interesses das crianças em primeiro lugar, operadores judiciais têm de ter formação em áreas que vão da sociologia à pedopsiquiatria, defende a recém-criada Associação dos Advogados de Família e das Crianças.

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Todos os advogados chamados a litigar conflitos envolvendo crianças devem ser obrigados a ter formação multidisciplinar, defende associação recém-criada Rui Gaudêncio (arquivo)

Porque num divórcio litigioso o discernimento tende a toldar-se, e nem sempre os membros do casal conseguem deixar os filhos à margem do que os separa, os advogados chamados a dirimir estes conflitos judiciais devem ser capazes de pôr os interesses das crianças num lugar cimeiro aos dos que lhes pagam os honorários. É pelo menos este o princípio que norteia a recém-criada Associação dos Advogados de Família e das Crianças (AAFC), entre cujos objectivos se inscreve a obrigatoriedade de os advogados chamados trabalhar em casos que envolvam família e menores terem uma “formação multidisciplinar”, que, conforme especificou ao PÚBLICO o advogado Nuno Cardoso Ribeiro, deve abranger da psicologia à sociologia, passando pela pediatria e pedopsiquiatria.

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