“Agora, a bola está do lado dos países europeus”
A comissária portuguesa Elisa Ferreira pede urgência na aprovação do Fundo de Recuperação e Resiliência. Garante que a Europa aprendeu com os erros e que a resposta à crise actual nada tem a ver com o passado. E fala numa “oportunidade histórica” que Portugal não pode desperdiçar.
A comissária portuguesa, responsável pela pasta da Coesão e Reformas, alerta para a urgência da aprovação final do Fundo de Recuperação e Resiliência no Parlamento Europeu e nos parlamentos nacionais para que os países possam começar a combater depressa os efeitos destruidores da pandemia. E sublinha as enormes diferenças entre a gestão europeia desta crise e a que praticou na crise anterior. Os programas da troika não têm nada que ver com as recomendações da Comissão para os programas de recuperação nacionais. Os meios financeiros disponíveis não têm qualquer comparação. E os erros cometidos há dez anos também ajudam a explicar as agendas populistas. Quanto à Europa, no seu conjunto, a pandemia tornou ainda mais evidente que precisa de garantir a sua autonomia estratégica perante os outros grandes pólos de poder mundiais, se não quer servir de campo de batalha para as suas ambições geopolíticas. O PÚBLICO entrevistou Elisa Ferreira em Lisboa, onde veio participar na conferência “Aceleração das Mudanças Globais e os Impactos da Pandemia”, organizada pelo Clube de Lisboa.
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