Médicos que acompanharam mulher em 45 consultas não actuaram para prevenir o seu homicídio
As consultas médicas constituíram uma “oportunidade perdida” para accionar os mecanismos capazes de prevenir a escalada de violência conjugal que acabou com a sua morte. Médicos deviam ter accionado o alarme face ao contexto familiar disfuncional da doente, considera a equipa que analisou o que correu mal neste caso.
As 45 consultas médicas que uma mulher de 51 anos teve ao longo dos quatro anos que antecederam o seu homicídio, em 2017, foram “oportunidades perdidas” de uma intervenção precoce e eventualmente capaz de ter evitado a sua morte, às mãos do marido. A constatação está no mais recente relatório da Equipa de Análise Retrospectiva de Homicídio em Violência Doméstica (EARHVD), que se dedica a analisar o que correu mal em situações que acabaram por degenerar na morte de alguém.
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