O meu primeiro Barreiro
Nessa noite, como nós não frequentávamos a “classe operária”, havia que ir vê-la ao Barreiro. E lá fomos para o barco.
Nunca imaginei ir tantas vezes ao Barreiro como vou agora. As razões são mais ou menos conhecidas e têm que ver com o facto de dois armazéns do Arquivo Ephemera serem no Barreiro. Não apenas no Barreiro, mas em pleno território da CUF, depois da Quimigal e agora da baía do Tejo, atrás do mausoléu onde está sepultado (ilegalmente, aliás) Alfredo da Silva, e no meio de armazéns e ruínas de fábricas, oficinas e estranhos ofícios que lá se instalaram, como uma igreja evangélica, e vários ateliers de arte. Vou lá e estou bem lá, mas, voltando atrás, nunca imaginei “frequentar” o Barreiro como hoje.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.