Universidade de Coimbra vai testar 100 pessoas por dia
Os testes podem ser feitos a alunos ou funcionários, escolhidos aleatoriamente, sem terem carácter obrigatório.
A Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu um programa de rastreio aleatório para a doença covid-19, envolvendo a recolha de cerca de 100 amostras diárias (2000 pessoas/mês). Os estudantes e trabalhadores serão chamados (através de um email) para se dirigirem aos locais da colheita previamente definidos. O rastreio não tem carácter obrigatório, porém, tal como sucede com a instalação da aplicação StayAway Covid, é fortemente recomendado pela UC.
Este é uma das medidas inscritas no Plano de Prevenção e Protocolo de Actuação da UC para garantir o regresso às aulas em segurança para alunos, professores, docentes e comunidade.
“Tendo em conta a situação pandémica que estamos a viver, relacionada com o novo coronavírus SARS-CoV-2, e para garantir um regresso às aulas em segurança, para alunos, professores, docentes e toda a comunidade, a Universidade de Coimbra preparou um Plano de Prevenção e Protocolo de Actuação que define as medidas de prevenção, contenção e mitigação dos riscos associados à propagação do covid-19 que já está em implementação”, divulgou a UC em comunicado.
O documento, de 24 páginas, prevê medidas de actuação para os diversos cenários previstos, para toda a comunidade da Universidade de Coimbra, e começou a ser aplicado já esta terça-feira, primeiro dia de aulas.
Aulas presenciais, “complementadas com transmissão síncrona quando necessário”, o desenvolvimento das plataformas tecnológicas UC Teacher e UC Student, e um programa de rastreio aleatório para a covid-19, envolvendo a recolha de cerca de 100 amostras diárias (2.000 pessoas por mês) são algumas das medidas que integram este Plano.
“Estamos prestes a iniciar um dos anos lectivos mais exigentes de sempre e é com o mesmo ânimo e sentido de responsabilidade com que encarámos os primeiros tempos da pandemia de covid-19 que nos preparamos para enfrentar os exigentes meses que se avizinham”, justifica Amílcar Falcão, reitor da Universidade de Coimbra.
Para além do uso obrigatório de máscara em permanência no interior dos edifícios da UC, da higienização e limpeza de mãos, do distanciamento físico e do respeito pelos circuitos definidos, a UC definiu também que as actividades lectivas e não lectivas serão maioritariamente na forma presencial e complementadas, quando necessário, com transmissão síncrona.
A transmissão síncrona das aulas será opção quando houver indisponibilidade de lugares suficientes nas salas, a impossibilidade de deslocação para Coimbra de algum aluno da turma em causa, resultado de restrições impostas pelas autoridades de saúde devido à pandemia ou a existência de algum aluno ou docente sobre quem impenda um dever especial de proteção, nomeadamente aqueles que integrem algum grupo de risco definido pelas autoridades de saúde.
“Para todos os estudantes e docentes que, por razões devidamente comprovadas, não possam comparecer fisicamente, a UC investiu no desenvolvimento de uma plataforma tecnológica para docentes (UC Teacher) e para estudantes (UC Student), que permitem agregar as funcionalidades de estruturas como o Zoom, ou plataformas similares, e a informação constante do portal de gestão académica da UC (NONIO), optimizando as interacções e contribuindo para a desmaterialização de procedimentos académicos”, avança a UC.
“Neste Plano elaborado pela UC foi também estabelecido que para o acesso aos edifícios da UC é obrigatória a medição de temperatura corporal, a qual deverá estar abaixo dos valores definidos pela DGS, sendo essa medição válida por um período de 24h (o valor estabelecido é de 38 graus celsius)”, informa a Universidade.
O Plano de Prevenção e Protocolo de Atuação da Universidade de Coimbra segue as orientações e normas da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, bem como o Plano de Contingência Nacional e as Orientações emanadas pela Direção-Geral da Saúde.