Tiago Rodrigues mostra-nos um futuro assustador para nos assustarmos com o presente

Catarina e a Beleza de Matar Fascistas imagina Portugal em 2028, nos primeiros meses de um governo populista de extrema direita. No seio de uma família com uma macabra tradição, levanta de forma perturbadora a discussão de quais os meios defensáveis para proteger a democracia. Estreia sábado, em Guimarães.

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Rui Gaudêncio

Catarina e a Beleza de Matar Fascistas começou a tomar forma em Março, durante uma residência em Montemor-o-Novo, n’O Espaço do Tempo. Ao longo de uma semana, o elenco da peça foi propondo e testando as primeiras ideias em torno da situação de uma família que, há sete décadas, se reúne anualmente para assassinar alguém identificado como fascista. Uma semana a emprestar uma primeira camada de profundidade a este enunciado, com vários rascunhos que ficaram a pairar no ar, muitos deles tendo acabado por assentar no espectáculo final que se estreia este sábado no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães (com uma segunda sessão no domingo; de 11 a 20 de Fevereiro estará no Teatro Carlos Alberto, Porto, e de 7 a 25 de Abril no D. Maria II, Lisboa). Durante esses dias, houve ainda visionamentos em grupo da série Years & Years ou de um documentário centrado em Steve Bannon (o ideólogo da campanha presidencial de Donald Trump e figura de proa dos primeiros meses deste na Casa Branca), discussões acerca da legitimidade do uso da violência na defesa da democracia, “aulas” sobre a violência na História do teatro ou sobre os discursos de tomada de posse de líderes populistas.

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