Exames nacionais: na segunda fase a maior parte das disciplinas manteve-se em terreno positivo
Por comparação a 2019, registou-se “uma diminuição muito significativa” no número de provas realizado na 2.ª fase, que passou de 107.807 para 41.637.
O exame de Desenho A do 12.º ano foi a prova com a média mais elevada da 2.ª fase, cujos resultados foram conhecidos nesta quarta-feira. Os 461 alunos que compareceram no exame realizado já este mês arrecadaram uma média de 13,9 numa escala de 0 a 20 valores. Na 1.ª fase tinham conseguido chegar aos 14,7 com 3669 provas realizadas.
Na nota escrita que acompanha os resultados, o Júri Nacional de Exames (JNE) sublinha a propósito que, “por regra, os resultados da 2.º fase são inferiores aos da 1.ª fase”. Este ano a excepção foi Economia A, o único exame “que apresenta resultados superiores aos observados na 1.ª fase”: a média passou de 12,6 para 12,9 para um total de provas que foi, respectivamente, 12.202 e 2859.
O JNE destaca, por outro lado, que nesta última fase houve quatro disciplinas com médias negativas (inferiores a 9,5 valores). São elas Português Língua Segunda (8,7), Latim A (5,1), Matemática B (8,7) e Matemática Aplicada às Ciências Sociais (9). Nas duas primeiras disciplinas apenas realizaram exame 1 e 2 alunos, respectivamente.
Na 1.º fase dos exames nacionais não se registaram resultados negativos, sendo a média mais baixa a registada em Matemática Aplicada às Ciências Sociais: 9,5 valores. No conjunto, as médias subiram três valores, um feito que já não se registou na 2.ª fase. Por exemplo, no exame de Física e Química A, a média ficou a rasar a negativa (9,8 valores) quando na 1.º fase tinha chegado aos 13,2 (mais 3,2 do que em 2019).
Os exames mais concorridos nesta 2.ª fase foram os de Matemática A (8720 provas), Português (7503), Física e Química A (6840) e Biologia e Geologia (6816). A média de Matemática A desceu de 13,3 para 12 valores, Português passou de 12 para 10,6 e Biologia e Geologia de 14 para 11,2.
Pouca afluência
Matemática A e Geometria Descritiva foram as provas que, em simultâneo, se destacaram no topo e na base da escala de classificação. Foram as que tiveram mais alunos a conseguir a média máxima de 20 valores, respectivamente 244 e 32. Mas também aquelas em que mais não foram além de dois valores. Aconteceu com 364 alunos na prova de Matemática A e com 241 na de Geometria Descritiva.
Na 1.ª fase, onde no geral o número de notas máximas duplicou face a 2019, estas duas disciplinas estiveram no pelotão da frente no que toca a médias de 20 valores: 1399 em Matemática A e 545 a Geometria Descritiva. Só que também foram muitos os que tiveram médias entre 0 e 2 valores: 766 e 871, respectivamente.
No total foram realizadas 41.637 provas na 2.ª fase, o que constitui “uma diminuição muito significativa relativamente ao ano transacto, com 107.807 provas”, destaca o JNE.
A quebra de afluência já era previsível dada a subida dos resultados na 1.ª fase, reduzindo-se assim o universo daqueles que costumam tentar a sorte na segunda leva: quem chumbou nas provas anteriores e os que pretendem subir as notas.
Para a redução do número de alunos na 2.ª fase também contribuiu o facto de os exames este ano servirem apenas de provas de ingresso no ensino superior, o que também levou a uma redução substancial do número de alunos na 1.ª fase: por comparação a 2019, foram realizadas quase menos 100.000 provas.
Para efeitos de acesso ao superior quem faz exames na 2.ª fase também fica catapultado para a segunda fase do concurso nacional, onde geralmente já se encontram esgotadas as vagas para os cursos mais cobiçados.
A 2.ª fase do concurso de acesso começa a 28 de Setembro.