Marcelo não realiza 5.ª Festa do Livro e adia reunião do Grupo de Arraiolos
Festa do Livro realiza-se nos jardins do Palácio de Belém desde 2016 e reunião do Grupo de Arraiolos estava prevista para 8 e 9 de Outubro.
O Presidente da República justificou nesta segunda-feira a não realização da 5.ª Festa do Livro em Belém com a preocupação de mitigar os riscos de contágio da covid-19, realçando que esta iniciativa “tem incluído várias manifestações culturais”.
Marcelo Rebelo de Sousa transmitiu esta posição numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet em que anunciou o adiamento da 16.ª reunião do Grupo de Arraiolos prevista para 8 e 9 de Outubro em Lisboa.
“Com as mesmas preocupações de mitigação dos riscos de contágio, também não se realizará este ano a Festa do Livro em Belém, a qual tem incluído várias manifestações culturais, com a exposição de livros, mas também colóquios, exposições e espectáculos teatrais e musicais”, afirma o chefe de Estado.
Nesta nota, o Presidente da República refere que “esta orientação” já o levou “a organizar a cerimónia de 10 de Junho em modelo muito restrito nos Jerónimos" - onde decorreu uma cerimónia “simbólica”, com apenas dois oradores e seis convidados, como no seu entender deveriam ter sido celebrados o 25 de Abril e o 1.º de Maio.
No dia 29 de Maio, após uma visita à livraria Barata, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas que tinha decidido cancelar a Festa do Livro no Palácio de Belém “para não se sobrepor” à Feira do Livro de Lisboa e a Feira do Livro do Porto, adiadas para finais de Agosto e início de Setembro devido à pandemia de covid-19.
A Festa do Livro nos jardins do Palácio de Belém, em Lisboa, lançada em 2016, primeiro ano do seu mandato, e reeditada nos três anos seguintes, tem decorrido precisamente nessa altura do ano.
Também a 16.ª reunião do Grupo de Arraiolos foi adiada. “Face à situação da pandemia, o Presidente da República resolveu adiar a reunião do Grupo de Arraiolos, prevista para Lisboa a 8 e 9 de Outubro próximo”, lê-se numa nota hoje divulgada.
Na mesma nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, refere-se que o Grupo de Arraiolos junta anualmente presidentes não executivos de Estados-membros da União Europeia e foi uma iniciativa lançada por Jorge Sampaio.
Em 2003, o então Presidente da República de Portugal, Jorge Sampaio, promoveu um encontro na vila alentejana de Arraiolos para discutir o futuro da União Europeia com um conjunto de chefes de Estado com poderes semelhantes aos seus.
Em 2018, quando o Grupo de Arraiolos se reuniu em Riga, na Letónia, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que Lisboa iria acolher a reunião de 2020, que cabe a Portugal organizar.
No encontro do ano seguinte, em Atenas, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que na reunião de Lisboa se iria “fazer o balanço e ver o que grupo que reúne todos os anos deve mudar” e analisar se “deve alargar-se e se deve ter ligação com outras realidades, mesmo não europeias”.
“O mundo e a Europa mudaram tanto que temos de repensar o Grupo de Arraiolos”, considerou o Presidente da República.