EN116 com circulação alternada há dois anos na Venda do Pinheiro após derrocada

A IP diz que, em Novembro de 2019, foi lançado um concurso público para obras de estabilização no local, mas “não foram apresentadas propostas válidas, pelo que não foi possível adjudicar a empreitada”.

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asm ADRIANO MIRANDA

A Estrada Nacional (EN) 116 está há dois anos com circulação alternada ao quilómetro 17,2, na Venda do Pinheiro, em Mafra, na sequência de um deslizamento de terras, sem ter ainda sido sujeita a obras, denunciaram esta sexta-feira utentes e município.

Um dos utentes da via, Hélio Filipe, alertou à agência Lusa que a EN116, que serve de acesso à Auto-estrada 8 (Lisboa-Leiria), “está com sinalização alternada desde 2018, quando aconteceu um deslizamento de terras com abatimentos sucessivos”.

Por receio de que a estrada possa colapsar no inverno e causar algum acidente, como aconteceu em Borba, o utente tem alertado a Infra-estruturas de Portugal (IP) e a Câmara de Mafra, até porque a estrada é contígua a um “enorme precipício”.

A autarquia conhece o problema e “tem sinalizado” a IP para uma situação que o presidente da câmara, Hélder Sousa Silva, em declarações à Lusa, considerou ser “uma vergonha”, porque “já lá vão três anos e não há obras”.

Por isso, pediu uma “intervenção urgente” e criticou a “inacção da IP”.

A via divide os concelhos de Loures e de Mafra, no distrito de Lisboa, tendo o deslizamento ocorrido no território do concelho vizinho.

“Se o deslizamento fosse do lado de Mafra, a câmara já lá tinha ido fazer a obra, porque é altamente perigoso e a estabilidade do troço que ainda está circulável não deve ser muita”, afirmou o autarca.

Questionada pela Lusa, a IP esclareceu que, em Novembro de 2019, foi lançado um concurso público para obras de estabilização no local, mas “não foram apresentadas propostas válidas, pelo que não foi possível adjudicar a empreitada”.

Por isso, a IP vai lançar novo concurso público, que “deverá ocorrer até ao final do ano”.

Enquanto não se realizar a intervenção, a empresa pública vai manter a sinalização para haver circulação alternada, de modo a “garantir as condições de segurança dos automobilistas”, e a monitorização do local.