PCP defende aulas presenciais no ano lectivo 2020/21

Comunistas não estão tranquilos com as medidas anunciadas pelo Ministério da Educação.

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Jorge Pires quer máxima segurança para alunos, professores e funcionários Francisco Romao Pereira

O PCP defendeu esta quinta-feira o regresso do ensino presencial no ano lectivo que começa na próxima semana, apesar de algumas inquietações com falta de pessoal nas escolas para responder aos problemas levantados com a pandemia de covid-19.

“O regresso ao ensino presencial é fundamental”, afirmou Jorge Pires, da comissão política do comité central do PCP, em conferência de imprensa, que fez um balanço crítico da experiência do ensino à distância a partir de Março.

Para o dirigente comunista, “se as escolas estiverem apetrechadas com os equipamentos necessários”, se “tiver um número de funcionários” suficiente, isso “pode resultar num funcionamento normal, dentro da normalidade possível”, sem que vá “resultar numa subida exponencial do número do número de casos” de infectados.

“É possível regressar ao ensino presencial sem ter essa consequência do aumento exponencial do número de infectados”, sublinhou.

As medidas anunciadas pelo Ministério da Educação não deixam o PCP tranquilo, “nem aos docentes, aos auxiliares, técnicos especializados, os pais e os estudantes”, admitiu Jorge Pires. Se não forem criadas “condições de segurança” nas escolas e “factores de confiança nos pais, nos alunos, nos professores, nos trabalhadores da educação, tudo isto vai ser mais complicado”.

Para o PCP, o “regresso ao ensino presencial é possível, como decisivo para normalizar o processo de ensino e aprendizagem, recuperar os atrasos provocados pelas medidas de excepção, adoptadas em Março passado, mas exige a adopção de medidas rigorosas que garantam todos as normas de segurança para proteger a saúde dos estudantes, dos professores e todos os profissionais da educação”.

Esse regresso ao ensino presencial “é a garantia de que nenhum aluno ficará condicionado no acompanhamento da matéria leccionada, ao contrário do que aconteceu com uma percentagem muito significativa no ano lectivo anterior”.

“O papel dos professores na sala de aula é imprescindível no acompanhamento dos alunos”, sublinhou Jorge Pires.