Alunos de escola básica do Restelo ainda não sabem onde vão ter aulas
Empreitada está com muito atraso e associação de pais queixa-se de falta de informação. Câmara garante reunião ainda esta semana.
Falta uma semana para o início do ano lectivo e os encarregados de educação da Escola Básica Bairro do Restelo ainda não sabem onde os filhos vão estudar. O estabelecimento está em obras há dois anos e meio e as aulas têm decorrido em contentores na Escola Secundária do Restelo, mas os pais esperavam que em 2020/21 as crianças regressassem à escola de origem.
Porém, até agora, impera o silêncio. “A nossa principal queixa é não haver nenhuma resposta oficial”, afirma Joana Azevedo, vice-presidente da associação de pais e encarregados de educação. “O que mais nos incomoda é a falta de comunicação.”
As obras na escola básica, situada na Praça de Goa, começaram em Abril em 2018 e atrasaram-se praticamente desde o primeiro dia. Os trabalhos deviam ter terminado em Junho do ano passado, mas em Novembro, depois de os pais lançarem uma petição e de terem escrito ao ministro da Educação e ao presidente da câmara, a empresa municipal de grandes obras, a SRU, garantiu que a empreitada ficaria concluída até Agosto deste ano.
Uma fonte municipal disse ao PÚBLICO que a obra “está na fase final” e que “haverá uma reunião esta semana com a comunidade escolar”.
Na semana passada, a associação de pais mandou uma carta à câmara e à SRU em que pedia “uma informação actualizada sobre o início do ano lectivo” e queixando-se de nunca receber “qualquer resposta oficial” sobre “o andamento das obras e a sua data de conclusão”.
Acresce que a associação está preocupada caso as aulas se mantenham nos contentores. Os alunos estiveram nos últimos anos em monoblocos, primeiro no pátio da própria escola básica e, desde Setembro, numa zona da escola secundária. As condições não são as ideais, afirma Joana Azevedo, referindo que as crianças passaram de um estabelecimento arborizado para um local asfaltado em que há apenas dois escorregas. Além disso, há problemas sempre que chove. “Propusemos vários tipos de melhorias e não foi feito rigorosamente nada”, lamenta a dirigente.