Uma nova águia-real chegou ao Gerês, à espera de ganhar o céu

ONG de ambiente espanhola Grefa libertou um aguioto no parque-nacional, em cooperação com o ICNF. No espaço transfronteiriço do Gerês/Xurês já há cinco casais, após a extinção a que a espécie foi levada no início deste século.

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O aguioto, com quatro meses, tem já uma envergadura considerável

Se não a conhecêssemos dos livros, dificilmente acreditaríamos que a águia-real que Ernesto Álvarez segura, firmemente, nos braços, é um aguioto, com pouco mais de quatro meses. O porte já impõe respeito, mas, para um leigo com um bom guia de aves nas mãos, as penas brancas na parte interior das asas e da cauda, que com a idade vão dar lugar a outras de tom escuro, denunciam logo quão imberbe é esta rapina que acaba de chegar ao Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), para aqui se ambientar a uma vida em liberdade. O momento é levado com discrição — e já explicaremos porquê — mas é um marco importante na recuperação desta espécie que, em 2004, se dava na prática como extinta no PNPG.

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