Hospital de Santa Maria da Feira detecta bactéria multirresistente em 17 utentes
Foram detectados três utentes internados portadores da bactéria New Delhi metallo-beta-lactamase (NDM), que é um tipo de enzima que torna as bactérias resistentes a uma variedade de antibióticos, entre os quais a penicilina e seus derivados, que são alguns dos mais utilizados em medicina.
O Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, detectou em 17 utentes de internamento a presença de uma bactéria multirresistente, revelou nesta quinta-feira a direcção daquela unidade hospitalar, que tem esses doentes em isolamento.
Segundo explicou à Lusa fonte da administração do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (CHEDV), que tutela o hospital da Feira e também os de São João da Madeira e Oliveira de Azeméis, a situação foi detectada a 25 de Agosto “nos habituais rastreios de rotina para monitorização e controlo de infecções hospitalares”.
Nessa altura, “foram detectados três utentes internados portadores da bactéria New Delhi metallo-beta-lactamase (NDM)”, que é um tipo de enzima que torna as bactérias resistentes a uma variedade de antibióticos, entre os quais a penicilina e seus derivados, que são alguns dos mais utilizados em medicina.
O caso levou a que a equipa do CHEDV afecta ao Programa de Prevenção e Controlo da Infecção Antimicrobiana accionasse “de imediato as estratégias protocoladas para este tipo de situações, nomeadamente o isolamento em quartos individuais dos três utentes detectados”.
Os rastreios consequentes permitiram identificar, entretanto, “mais 14 utentes portadores ou colonizados pela bactéria”, realçando o hospital, contudo, que “nenhuma dessas pessoas se encontra doente por causa da NDM”.
A situação “obriga, sobretudo, ao reforço das medidas de higienização”, pelo que o caso “não é motivo para alarmismo”, defendeu a fonte do CHEDV.
Todos os utentes nos quais foi detectada a NDM estão internados numa ala específica da enfermaria geral, sob “acompanhamento e monitorização permanentes”, sendo que, entre os profissionais de saúde do hospital, “até ao momento não foi detectado nenhum com a referida bactéria”.