velvetnirvana: uma colecção que acordou ao som de All Tomorrow’s Parties

velvetnirvana, no Pavilhão Branco das Galerias Municipais de Lisboa, é apenas uma parte de uma colecção que cobre mais de 40 anos de correspondências, histórias e afinidades entre a música e a arte. Retrato breve do seu criador, António Neto Alves, advogado de profissão, melómano, um arquivista que não perdeu a paixão da adolescência.

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pedro duarte

Nenhuma exposição, por si só, esgota uma colecção, mas diante da colecção de António Neto Alves haverá, decerto, muito por descobrir e conhecer. Não faltarão, no futuro, exposições e projectos, ensaios e livros por ela inspirados. Melómano, amante da história do rock e da pop mais vanguardistas, este advogado de profissão que começou a coleccionar discos e cartazes era um adolescente apaixonado pelos Velvet Underground, iniciando uma actividade que permanece viva, com a energia dos primeiros tempos. Neste momento, além de 250 obras de arte, a colecção conta em termos de ephemera com 500 objectos (excluindo os discos e à volta de 5000 livros) e há ainda coisas por encontrar e adquirir. “Só o núcleo dedicado aos Velvet Underground é muito extenso. Grande parte não está aqui”, conta-nos durante uma breve interrupção das suas férias de Verão. “O mesmo se passa com muitas das bandas presentes na exposição, os New York Dolls, a Patti Smith, os Suicide. Cada núcleo compreende vinis, acetatos, mas também objectos, documentos, fotografias, cartazes”.

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