Técnicos de eventos pedem audiência a Marcelo

“É a única voz que nos resta”, proclamam, destacando que não têm dinheiro para pagar salários de Agosto e Setembro.

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"É a voz que nos resta", dizem sobre Mzarcelo técnicos de eventos daniel rocha

A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) enviou uma carta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a solicitar uma audiência com carácter de urgência para dar a conhecer a situação muito complicada que atravessam as empresas do sector.

Segundo a APSTE, a missiva é “um grito de mais de um milhar de postos de trabalho, um grito de profissionais que querem trabalhar, mas que sabem que a retoma não pode ser realizada de forma apressada, ao mesmo tempo que não têm à vista qualquer solução, da parte de nenhuma instituição estatal, para o grave problema de liquidez que enfrentam”.

No texto, recordam o protesto de 11 de Agosto, no Terreiro do Paço, em Lisboa, onde depositaram as caixas em que normalmente transportam o equipamento. "Ficámos em silêncio durante duas horas, num apelo para que não nos deixem cair no silêncio para sempre. A nossa situação é, de facto, desesperante.” 

Os responsáveis da associação revelam que o sector sofreu quebras de actividade na ordem dos 80%, que 93% das empresas associadas não despediram até à data, mas 60% recorreram ao layoff e que 56% não tem dinheiro para pagar os salários de Agosto e Setembro.

Depois de não ter tido respostas do Governo, a APSTE justifica o pedido de audiência a Marcelo. “É a voz que nos resta, é aquele a quem nos falta recorrer depois de todas as portas fechadas, porque confiamos no seu humanismo e no seu compromisso para com todos os portugueses e portuguesas.”

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