Joe Biden e o passado do futuro
se Joe Biden vier a ganhar este ano, em boa medida isso será porque uma maioria de norte-americanos esperará em vão que votar em Joe Biden nos traga de volta uma história menos frenética.
A nomeação oficial de Joe Biden para candidato democrático à Casa Branca, esta semana, atirou-me para abril de 2000, há mais de vinte anos, quando atravessei pela primeira vez o Atlântico para um mês de trabalho nos EUA. Entre as coisas que não esqueci está um jantar sozinho, acompanhado de um livro, em que na mesa ao lado um casal se dedicava àquela atividade tão norte-americana do encontro romântico, mas só aparentemente amoroso, a que chamam “date”. Na prática, aquilo que me foi distraindo da leitura foi ir ouvindo a conversa na mesa do lado e perceber que, no fundo, aquilo se assemelhava mais a uma entrevista de emprego do que a uma possibilidade de namoro. Com a diferença de que uma entrevista de emprego não costuma ser tão exaustiva.
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