Gomes Freire de Andrade, conspirador e mártir
Protagonista do primeiro episódio de manifestação militar liberal no Portugal de Oitocentos, sobre o qual se abateu violenta repressão, e então considerado “traidor da pátria”, este tenente-general do exército português e grão-mestre da Maçonaria acabaria por ser reconhecido como “mártir da pátria” e símbolo da luta contra a opressão.
Gomes Freire de Andrade e Castro (1757-1817), filho do embaixador de Portugal na corte austríaca e de sua mulher, descendente de antiga família nobre da Boémia, nascido e educado em Viena de Áustria, onde residiu até 1780, é uma personagem paradoxal, com uma biografia movimentada, longa e notável trajectória militar nos mais altos postos, na Europa e em Portugal. Tenente-General do Exército Português e Grão-Mestre da Maçonaria, foi preso aos 60 anos, por alegada chefia do movimento de oposição político-militar que ficou conhecido como Conspiração de 1817, condenado à morte ignominiosa por enforcamento, e executado em Lisboa, a 18 de Outubro desse ano.
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