O Ministério da Educação já disponibilizou mais de cinco milhões de vales para a aquisição de manuais escolares gratuitos através da plataforma MEGA (Manuais Escolares Gratuitos).

No total, desde que a plataforma MEGA começou a operar, a 3 de Agosto, já foram disponibilizados cerca de cinco milhões de vales para os alunos que vão passar para os anos de continuidade (alunos do 2º, 3º, 4º,6º,8º,9º,11º e 12º).

Desde quinta-feira, que também é possível pedir acesso vales para alunos em início de ciclo (ou seja, alunos que vão entrar para o 1.º, 5, º 7.º ou 10.º ano), com “mais de 700 mil vouchers” distribuídos nas primeiras 24 horas refere o gabinete de imprensa do ministério.

Os vales ficam disponíveis à medida que os dados dos alunos são exportados pelas escolas para a plataforma, tratando-se, por isso, de um processo evolutivo que resulta do trabalho de preparação do próximo ano lectivo. O ministério alerta, no entanto, que neste processo “é importante que os encarregados de educação vão acompanhando o processo, para evitar uma concentração de pedidos”.

Para beneficiar de manuais gratuitos, os encarregados de educação têm de se registar na plataforma MEGA, em www.manuaisescolares.pt, ou descarregar a aplicação móvel “Edu Rede Escolar”. A partir destes dispositivos, passam a ter acesso aos dados escolares dos seus educandos e aos respectivos vales para os manuais escolares, bem como à lista das livrarias aderentes, onde poderá ser feito o levantamento.

O próximo do ano lectivo começa entre os dias 14 e 17 de Setembro, sendo as primeiras cinco semanas especialmente dedicadas à recuperação de aprendizagens, perante os efeitos da crise pandémica dos últimos meses.

No final do ano lectivo, o processo de recolha dos manuais escolares para reutilização por outros alunos esteve envolta em polémica, uma vez que o ministério tinha definido uma data para as famílias entregarem os livros emprestados no final do ano.

O próximo ano lectivo seria o primeiro em que a maioria dos manuais do 3.º Ciclo e secundário seriam reutilizados.

No entanto, a decisão de recuperar aprendizagens este ano levou pais e alguns partidos políticos a defender que os alunos deveriam continuar com os manuais.

Uma proposta de lei do CDS-PP, aprovada em Julho, veio suspender a devolução dos manuais para facilitar a recuperação das aprendizagens.

Agora, a reutilização dos manuais deverá ser retomada no final do próximo ano lectivo, altura em que os alunos voltam a ser obrigados a devolver os manuais emprestados.