Prevalência por espécies na floresta portuguesa
O pinheiro-bravo continua a ser a espécie mais comum na floresta nacional, correspondendo a 29% da área florestal de Portugal continental. Ou, posto noutra perspectiva, a floresta de pinheiro-bravo ocupa mais de um décimo (11%) do território português. Contudo, a comparação temporal denota uma progressiva redução da sua prevalência: nos dados de uso e ocupação do solo de 2007, correspondia a 31% da área florestal e, desde então, tem vindo a perder terreno, sobretudo para o eucalipto, a uma média de 6,5 mil hectares por ano. O eucalipto, que em 2007 correspondia a 24% da área florestal, teve um aumento anual médio de 7,6 mil hectares.
Uso e ocupação do solo (Portugal continental)
Mais de um terço do território continental é ocupado por floresta. Somadas a este valor as áreas de matos e as superfícies agro-florestais (terrenos que conjugam áreas de cultivo e/ou pasto com espécies florestais), fica patente que a paisagem predominantemente arborizada e/ou arbustiva totaliza quase 60% do território.
Na comparação com os dados respeitantes a 1995, há um aumento da área florestal na ordem dos 5%, contudo importa notar, cruzando com as Estatísticas de Uso e Ocupação do Solo do INE, publicadas em Junho, que, num horizonte temporal mais curto (2015-2018), houve uma perda de 1,6 mil hectares de floresta (0,05%), sobretudo para áreas agrícolas e territórios artificializados.
DANIEL ROCHA
Floresta portuguesa
Em milhares de hectares
Sobreiro
Azinheira
Outros carvalhos
Eucalipto
Pinheiro-bravo
Pinheiro-manso
Outras espécies
Evolução 1995-2018
Em milhares de hectares
Alterações mais significativas na área de floresta
(1995-2018)
PEDRO CUNHA
Área de floresta por região NUTS
A região Centro é aquela que apresenta uma maior proporção de território afecto à floresta, correspondente a metade da sua área total – e a 41% da mancha florestal do Continente. Contudo, a floresta tem presença expressiva em todas as regiões, nomeadamente na de Lisboa, na qual supera a área artificializada (22%), e no Alentejo, onde, agrupada com as superfícies agro-florestais (21%), traduz mais de metade do território da região. A regiões Norte e Algarve, ambas com mais de um terço da sua superfície coberta por floresta, apresentam também uma significativa proporção de áreas ocupadas por matos (22% e 27%, respectivamente), que garantem uma importante reserva de interesse para a conservação da natureza e da biodiversidade.
Sub-regiões com maior e menor prevalência de área florestal