Governo quer gabinetes de apoio ao emigrante em todo o país até meio de 2021

Existem actualmente cerca de 180 gabinetes de apoio ao emigrante, a maioria dos quais de primeira geração, numa rede que até ao final de 2021 será alargada a todos o país, no âmbito da transferência de competências de serviços da administração central para as autarquias locais.

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Berta Nunes, secretária de Estado das Comunidades PAULO PIMENTA

O Governo prevê protocolar, até meados de 2021, a criação de gabinetes de apoio ao emigrante em todas as autarquias do país e alargar as suas competências, anunciou a secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes.

“Contamos até meados do ano que vem termos todas as autarquias com os protocolos assinados”, afirmou à Lusa a secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes, que a partir de Setembro vai “retomar as reuniões com as comunidades Intermunicipais” visando a criação de gabinetes de apoio ao emigrante em todo o país.

De acordo com a governante existem actualmente “cerca de 180 gabinetes de apoio ao emigrante”, a maioria dos quais de primeira geração, numa rede que até ao final de 2021 será alargada a todos o país, no âmbito da transferência de competências de serviços da administração central para as autarquias locais.

A criação de gabinetes de apoio ao emigrante nos 308 concelhos do país vai ser incentivada através da assinatura de protocolos “formação e backoffice [serviços de retaguarda]”, um apoio que, segundo Berta Nunes a Secretaria de Estado das Comunidades já prestava, mas que agora vai ser alargado à atracção de investimento,  à internacionalização de empresas e ao aumento das exportações, que é o que está previsto no plano nacional de investimento da diáspora”.

Os Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE) resultam de Acordos de Cooperação entre a Direcção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP) e as câmaras municipais, visando um atendimento de proximidade aos emigrantes, já que, refere o Portal da Comunidades Portuguesas “90% dos nacionais que regressam a Portugal se fixam na freguesia donde partiram”.

Berta Nunes falava nas Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, onde hoje presidiu, na sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) ao arranque oficial do Encontro Europeu de Jovens Lusodescendentes.

Promovido pela  Cap Magellan , uma associação de jovens lusodescendentes, o encontro teve início na segunda-feira e decorre até à próxima sexta-feira, com a participação de  50 jovens  oriundos de oito países: França, Portugal, Espanha, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca e Reino Unido.

A iniciativa decorre sob o tema “Incluir a diferença: favorecer a empregabilidade de todos os jovens na Europa” e segundo a organização procura fomentar “o bilinguismo, a dupla-cultura e a multiculturalidade que têm em comum muitos dos jovens e animadores de juventude lusodescendentes presentes”, bem como debater questões ligadas à procura de emprego.

Ao longo de cinco dias os participantes recebem formação e participam em seminários e actividades informais em torno do tema “empregabilidade” e participam na construção de um projeto de inserção profissional destinado aos jovens refugiados da região, em parceria com a AIRO (Associação industrial da Região Oeste), uma empresa local e a Plataforma de Apoio aos Refugiados.