Portugal em situação de alerta devido ao risco de incêndio
Portugal continental vai entrar em situação de alerta a partir das 0h de quinta-feira, 6 de Agosto, até às 23h59 de dia 7.
Portugal continental vai entrar em situação de alerta a partir das 0h de quinta-feira, 6 de Agosto, devido ao agravamento do risco de incêndio rural face às previsões meteorológicas, anunciou esta quarta-feira o Governo.
A situação de alerta estará em vigor até às 23h59 de 7 de Agosto. Esta declaração surge “na sequência da activação do estado de alerta especial de nível vermelho” nos distritos de Bragança, Guarda, Vila Real, Beja, Castelo Branco, Faro e Viseu, explica o Governo em comunicado.
Em estado de alerta especial de nível laranja estarão os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém e Viana do Castelo. Lisboa e Setúbal vão estar em alerta amarelo.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) lançou um aviso à população sobre o risco muito elevado de incêndios nos próximos dois dias, recordando que é proibido estar em espaços florestais.
Num comunicado, a ANEPC afirma que há risco máximo/muito elevado de incêndios no Algarve, na região do Vale do Tejo e nas regiões Centro e Norte, com agravamento na quinta-feira no interior Norte e Centro e no Algarve/Baixo Alentejo.
Também o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê, para os próximos dias, um risco de incêndio muito elevado na maioria dos concelhos do continente. A situação de alerta já tinha sido implementada entre domingo e terça-feira.
Citando a previsão do IPMA, a ANEPC diz que as previsões para os próximos dois dias são de tempo seco no interior e vento, por vezes forte (rajadas até 60 quilómetros por hora), além de baixa humidade relativa do ar. As temperaturas máximas no interior podem ir até aos 43ºC na quinta-feira, com uma pequena descida na sexta-feira.
O comandante da ANEPC, Duarte Costa, já tinha alertado na tarde desta quarta-feira, em conferência de imprensa, para o agravamento das condições meteorológicas nos próximos dois dias, quando vai haver “uma disponibilidade muito elevada de todas as forças de resposta operacional” a incêndios, além de uma também muito elevada “predisposição para acções de vigilância”. Duarte Costa pediu aos portugueses um “comportamento preventivo” e uma “cidadania activa” porque “o fogo não é opção”.
No período de alerta são adoptadas medidas de carácter excepcional, entre as quais a proibição da realização de queimadas e queimas de sobrantes de exploração, da utilização de fogo-de-artifício ou outros materiais pirotécnicos e da realização de trabalhos nos espaços florestais com recurso a maquinaria, excepto em combate a incêndios rurais.
É permitido, por exemplo, alimentar animais, fazer colheita e transporte de culturas agrícolas ou efectuar trabalhos de construção civil, desde que sejam actividades inadiáveis. A GNR, a PSP e as equipas de emergência médica têm, neste período, um maior “grau de prontidão e resposta operacional”, acrescenta o Governo.