No passado fim-de-semana, mais de 5000 pessoas acorreram ao baloiço CerLove, uma nova atracção turística que nasceu de uma iniciativa de pai e filho. A ideia foi sugerida por Raul Costa, por sinal treinador de futebol no Qatar. Constantino Costa, pai de Raul e presidente das União das Freguesias de Lovelhe e de Cerveira, acedeu. “O meu filho disse-me que tínhamos sítios maravilhosos”, lembra o presidente à Fugas. Um dia, meteram-se “no carro” e conduziram até ao local que “apanhava a paisagem com a vila toda, o rio Minho até à Foz, os navios, a parte montanhosa de Espanha”.
Num momento em que os baloiços altaneiros parecem estar a tornar-se moda em Portugal, Constantino e Raul Costa apostaram na construção das estruturas no Miradouro do Cervo, com a colaboração da junta de freguesia e da câmara municipal.
Construção do baloiço CerLove
“Foi rápido”, explica o presidente da junta, que, em pouco tempo, em Julho, tinha os dois baloiços montados no local onde se ergue o Monumento do Cervo, obra de José Rodrigues, seguido do Penedo dos Ninhos e da capela da Senhora da Encarnação, que inclui ainda um parque de merendas. Nascia, assim, o CerLove, um baloiço paisagístico cuja construção o fotógrafo José Ferreira captou.
Com sete metros de altura, os baloiços que, segundo Constantino, são “esculturas paisagísticas”, constituem, mais do que um divertimento, pontos para “tirar fotografias”. Em tempos conturbados, o presidente garante segurança, disponibilizando frascos desinfectantes junto aos baloiços.
“É uma loucura”, afirma Constantino Costa, “Há dias estivemos a ajeitar o piso e já estava cheio de gente”. São maioritariamente espanhóis os que vêm contemplar a vista, havendo dias em que a fila para se tirar fotografias nos baloiços chega “a ter quilómetros”, explica, como aconteceu este fim-de-semana. No Instagram podem ver-se várias dessas imagens.
Uma boa oportunidade para desfrutar das panorâmicas “de Cerveira, Espanha e o rio a perder-se de vista já junto ao mar, em Caminha”, como resumia Raul Costa à Fugas.
Texto editado por Luís J. Santos