Dez investigações de acidentes ferroviários de 2006 ainda por concluir
O grupo de peritos do GPIAAF aponta “escassez de meios humanos” como causa para atrasos nas investigações. No final de 2018, estava um total de 40 investigações pendentes.
Há dez investigações de acidentes ferroviários de 2006 que, 14 anos depois, ainda não estão concluídas, informa a TSF. A razão prende-se com falta de recursos humanos.
Segundo a rádio, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) está há três anos à espera da autorização do Governo para contratar um terceiro investigador de acidentes ferroviários.
O último relatório anual, referente a 2018, indica que transitaram para o ano seguinte (2019) 20 investigações a acidentes ferroviários ocorridos entre 2006 e 2010. Destes vinte acidentes, dez correspondem a 2006, oito a 2007 e dois a 2010. No total, à data do relatório, estavam 40 investigações pendentes.
O relatório diz que a “escassez de meios humanos” não ajudou a “dar continuidade ao encerramento destes processos”, tendo-se dado prioridade às investigações abertas após 2014, ano em que foi reactivado o antigo Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários. O GPIAAF justifica a prioridade dada a estas investigações mais recentes “pela sua maior premência e probabilidade de contribuir para a melhoria do sistema, assim como [devido à] falta de informação relevante que existe em parte dos processos antigos”.
A TSF apurou que o Ministério das Finanças e o Ministério das Infraestruturas ainda não publicaram o despacho conjunto que irá permitir a contratação do terceiro investigador para a área do transporte ferroviário. A rádio indica que este investigador está previsto desde Março de 2017 na legislação,aprovada pelo Governo.
Em resposta à TSF, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação “conta ter pronto o despacho muito em breve”.