Jessica Hausner: a flor à beira do laboratório

Com A Flor da Felicidade, a sua quinta longa-metragem, a austríaca Jessica Hausner brinca de maneira glacial e abstracta com as convenções do filme de género para falar de identidade, de personalidade — e de sociedade.

Foto

É impossível não ver A Flor da Felicidade sem sentirmos que já tínhamos visto muito do que se passa neste filme peculiarmente cerebral e intrigante, embora não exactamente da maneira como Jessica Hausner (Viena, 1972) o conta. Aliás, durante uma breve conversa com a austríaca nos foyers do LEFFEST em Novembro, quando veio a Portugal mostrar A Flor da Felicidade poucas semanas depois do filme receber no Festival de Veneza o prémio de melhor actriz para Emily Beecham, a própria cineasta admite a multiplicidade de referências desta história sobre uma cientista divorciada e a planta transgénica que criou, chamando-lhe Pequeno Joe em homenagem ao filho adolescente.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar