Sérgio Sousa Pinto: “O grupo parlamentar do PS é uma repartição do Governo”

Atenção, todas as respostas desta entrevista podiam dar título, mas o jornalismo é ditatorial e obriga a escolher. Francisco Assis não devia ser excluído dos nomes apontados para a sucessão de Costa. António Guterres “contribuiu para dar à luz” o Bloco de Esquerda. Marcelo “destruiu” a direita. A inércia de Rui Rio e a aliança Presidente-PM favorecem a relativa popularidade do “Chega”. Ver a bancada do PS como nunca a viu em 20 anos enche-o de “melancolia”.

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Sérgio Sousa Pinto já foi um dos homens mais próximos de Costa, desde os tempos em que era líder da JS, nos idos de 90. Há cinco anos, os seus caminhos começaram a afastar-se: Sérgio esteve contra a aliança com o PCP e o Bloco de Esquerda e contra o, vá lá, “dirigismo” com que Costa rege o partido, onde as vozes dissonantes tendem a calar-se ou a ser caladas. Não a dele. Tem uma voz e usa-a para dizer o que pensa, um feito inédito nos tempos que correm, o que faz de Sérgio Sousa Pinto uma ave rara no mapa socialista. Com o seu gosto pelo passado  também nasceu nele, como Churchill, um dos seus heróis políticos , às vezes parece mais velho. Mas tem só 47 anos. Vá lá, quase 48, a fazer por estes dias.

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