A colecção do Museu de Arte Antiga também é um grande livro de botânica

Percorrer as galerias como quem consulta um herbário, tentando identificar plantas sem olhar para as legendas: o MNAA tem um novo roteiro, em sala e em livro, para que o visitante aprenda o significado de árvores, flores e frutos.

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Natureza-morta com melancia e peras (c. 1670), de Josefa de Óbidos DGPC/ADF/José Pessoa
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Retábulo de São Francisco de Évora: Mártires de Marrocos (1508-1511), de Francisco Henriques DGPC/ADF/José Pessoa
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Santo António Pregando aos Peixes (1535-1540), de Garcia Fernandes DGPC/ADF/José Pessoa
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Virgem e o Menino com Sta. Ana, S. Joaquim e Doadora (c. 1550), de metre desconhecido (provavelmente flamengo) DGPC/ADF/José Pessoa

Há os habituais lírios, cravos e tulipas, rosas para todos os gostos, girassóis e margaridas, lilases e peónias, anémonas e columbinas, pervincas e açucenas. Há castanheiros e oliveiras, pinheiros-mansos e nespereiras, medronheiros e tamareiras, muitas tamareiras. Não faltam, também, alhos e cebolas, pepinos e cenouras de várias cores e até melancias brancas que parecem uma invenção da genética mas não são. Pelo meio aparecem também frutos deliciosos que cheiram a Verão – morangos, cerejas, ameixas – e flores e plantas que, só pelo nome, nos deixam um cumprimento (bons-dias), um pedido (não-me-esqueças), uma promessa (amor-perfeito) e muitas perguntas (por que se chamam assim as maravilhas e as alegrias, e por que razão há-de ser sempre bastarda aquela variedade de salsaparrilha?).

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