“Os melhores enoturismos do mundo”: Crasto e Noval, duas quintas do Douro no top
Mais de 500 especialistas mundiais votaram para escolher as propriedades vinícolas que proporcionam as melhores experiências de turismo do vinho. A Quinta do Crasto, com a sua piscina infinita por Souto de Moura, continua a somar pontos nos World’s Best Vineyards.
Com a Quinta do Crasto em 8.º lugar no top 50 dos prémios World’s Best Vineyards 2020, e a Quinta do Noval no 49.º, o Douro brilha duas vezes nesta selecção dos melhores enoturismos que percorre 18 países.
Esta “lista de ouro”, informa a organização, é decidida através da votação de “mais de 500 especialistas de vinhos, sommeliers e jornalistas de viagens de todo o mundo”. O top 50 de 2020, resumem, “revela as mais fantásticas experiências” no mundo do turismo de vinhos”, os “melhores sítios para saborear vinhos extraordinários e aprender sobre as vinhas e a vinicultura”.
Outro realce desta competição internacional criada pelo grupo londrino Wiliam Reed: quase todas garantem “vistas soberbas, restaurantes e alojamentos”. Para a avaliação contam também critérios como a arquitectura, a oferta, as boas práticas ambientais e, obviamente, a qualidade dos vinhos.
Tudo somado, a pontuação mais alta no World's Best Vineyards para uma propriedade portuguesa foi para a Quinta do Crasto, que já surge na lista – que tem como top 3 a Zuccardi Valle de Uco da Argentina, a Bodega Garzón do Uruguai e Domäne Wachau na Áustria – pelo segundo ano consecutivo (o ano passado era número 4).
Elogiada pelas vistas, a Quinta do Crasto, que reabriu a 1 de Junho, entre a Régua e o Pinhão, é também destacada pelo Vinho do Porto, pelas visitas guiadas, pelas provas ou pela gastronomia, e tem direito a uma cereja no topo do bolo, bem realçada na ficha do top: a very fine piscina infinita com “o majestoso vale do Douro como cenário” e que foi desenhada por Eduardo Souto de Moura, vencedor do “óscar” da arquitectura em 2011, o prémio Pritzker.
Em comunicado, a quinta destaca ainda outras mais-valias: além do selo Clean & Safe do Turismo de Portugal, “os passeios a pé pelas vinhas e adegas, as viagens na clássica Bedford, as provas de vinhos e as refeições no terraço com vista para o rio”.
Já a única outra representante portuguesa, a histórica Quinta do Noval (desde 1715) ficou numa posição menos destacada no top (em 49.º), mas saliente-se que é toda uma lista de pesos-pesados do enoturismo mundial.
Para mais, no texto em que se resume a distinção da entrada na lista da Noval, a referência é de que aqui se encontra um “douro quintessencial”. No coração do Douro, produtora do “mais famoso dos Portos Vintage - Nacional, é “uma janela através da qual os amantes do vinho podem aceder à alma desta região de tirar o fôlego”. Grandes vinhos, uma localização privilegiada, com vinhas “com as castas mais nobres do Douro, pelo Pinhão e Roncão, provas guiadas, visitas privadas, centros de visitas (um recente no Pinhão, outro em Gaia) são alguns dos destaques.