Real Madrid regressa aos títulos em Espanha

“Merengues” cumpriram com o seu papel e confirmaram o 34.º campeonato com um triunfo sobre o Villarreal, ao mesmo tempo que o Barcelona se afundava em Camp Nou frente ao Osasuna.

Real Madrid conquistou o seu 34-º título de campeão espanhol
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Real Madrid conquistou o seu 34-º título de campeão espanhol Reuters/SERGIO PEREZ
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Messi não chega para tudo no Barcelona Reuters/ALBERT GEA
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Sérgio Ramos, o capitão, com a taça Reuters/SERGIO PEREZ
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Fosse um ou outro campeão, esta época já ficaria para a história por todos os motivos e mais alguns, todos causados pela expansão global do novo coronavírus, que colocou tudo em stand-by incluindo o futebol. Uma época mais longa, quase um terço dos jogos sem público, um futebol mais pobre e sem o combustível emocional que o alimenta. Foi uma época diferente, mas que teve um campeão habitual. O Real Madrid foi quem se adaptou melhor às circunstâncias e garantiu nesta quinta-feira o seu 34.º título de campeão espanhol, recuperando para si um estatuto que tinha sido do Barcelona nas duas últimas épocas.

Os “merengues” tinham o destino nas próprias mãos e não o deixaram fugir. No Estádio Alfredo di Stéfano, na Cidade Desportiva de Valdebebas, o Real derrotou o Villarreal por 2-1, naquela que foi a sua décima vitória consecutiva - os “blancos” não conheceram, aliás, outro desfecho no campeonato pós-confinamento. Ao mesmo tempo, em Camp Nou, nem Leo Messi deu alguma dignidade na despedida catalã da luta pelo título. O argentino marcou de livre, mas quem ganhou foi o Osasuna (1-2).

Foi Karim Benzema, um dos heróis da campanha “blanca”, a marcar os dois golos do Real. Primeiro, foi aos 29’, numa jogada de contra-ataque. Modric estava no sítio certo para receber a bola e, de imediato, metê-la redondinha para o avançado francês marcar o seu 25.º golo da temporada. Já na segunda parte aos 77’, Benzema elevou a sua conta da época para 26 na conversão de um penálti à segunda tentativa. Sérgio Ramos, que tinha sofrido a falta, converteu a primeira tentativa, mas o árbitro mandou repetir porque Benzema invadiu a área do Villarreal antes do capitão “merengue” rematar. Iborra ainda reduziu para 2-1 aos 83’, num cabeceamento certeiro, mas insuficiente para atrasar a festa “merengue”.

A equipa de Zidane até nem precisaria da vitória para garantir o título, até porque, na Catalunha, o “Barça”, com Nélson Semedo a titular, já parecia de braços caídos frente aos bascos do Osasuna, que se colocaram em vantagem aos 16’, por Arnaiz, um antigo jogador do Barcelona B. No meio de uma equipa bastante alternativa (Fati, Puig, Braithwaite, enquanto Suárez, Busquets e Griezmann estavam no banco), o melhor que Messi conseguiu fazer foi adiar a derrota, com um livre directo certeiro aos 62’. E nem a jogar contra dez nos últimos 15 minutos (expulsão de Gallego) o Barcelona conseguiu marcar mais. Pelo contrário, foi o Osasuna a garantir o triunfo, com um golo de Roberto Torres em tempo de compensação.

Segundo de Zidane

Foi com Zinedine Zidane no banco que o Real Madrid regressou aos títulos de campeão espanhol, depois de duas épocas em que o “Barça” dominou internamente. Foi o segundo título de “Zizou” com treinador dos blancos, ainda assim menos um que os três títulos da Liga dos Campeões - e ainda pode ganhar mais um esta época, tendo, no entanto de recuperar de uma derrota por 1-2 frente ao Manchester City para aceder aos quartos-de-final em Lisboa.

Mas não foi só o título que ficou decidido nesta penúltima jornada da liga espanhola. Também ficou confirmada a despromoção do Maiorca, que perdeu em casa com o Granada (1-2), juntado-se ao já condenado Espanyol. O terceiro dos despromovidos será Celta de Vigo ou Leganés, com a vantagem a pertencer aos galegos à entrada para a última jornada. No topo da tabela, já estavam fechados os lugares de Champions (Real, Barcelona, Atlético e Sevilha), com Villarreal e Real Sociedad a levarem para a última ronda a decisão sobre quem tem entrada directa na Liga Europa e quem tem de ir à qualificação.

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