“Elas andaram aí”, mas com “estranhos destinos”. Como se (re)escreve na história portuguesa a arquitectura no feminino?
Começaram por descobrir “o traço” e fincaram o pé para não serem tratadas por “senhoras arquitecto”. A história das mulheres na arquitectura é feita de conquistas, tentativas e “estranhos destinos”. E há quem lute para que deixe de ser invisível.
Quem são, quando surgiram e como contribuíram as mulheres para a história da arquitectura? Apesar de elas representarem quase metade dos inscritos na Ordem dos Arquitectos e serem a maioria nas universidades, os livros e manuais mais “consagrados” continuam a não destacar arquitectas nas suas páginas, critica Patrícia Santos Pedrosa, professora de História da Arquitectura na Universidade da Beira Interior. “Ainda há a ideia de que se as mulheres não estão nos livros é porque não fizeram nada de relevante para lá estar. Ainda há muito esta narrativa histórica de que temos apenas uma genealogia normal e que, para um país pequeno, até tivemos dois prémios Pritzker [Siza Vieira e Souto Moura]”, completa Patrícia Santos Pedrosa.
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