Sonae investe 25 milhões em produção de dourada no Algarve até 2022

Projecto da Sonae MC, em parceria com uma empresa nacional, em Olhão, permitirá comercializar mais de 900 toneladas de dourada.

Foto
VR Virgilio Rodrigues

A Sonae MC vai investir mais de 25 milhões de euros até 2022 num projecto de produção de dourada em aquacultura no Algarve, anunciou esta terça-feira a líder do mercado de retalho alimentar no mercado português.

O projecto de produção em mar aberto será desenvolvido “em parceria com uma empresa nacional de aquacultura” não identificada, perto da Ilha da Armona, em Olhão, e vai permitir à Sonae MC, empresa de distribuição alimentar do grupo Sonae (proprietário do PÚBLICO), comercializar mais de 900 toneladas desta espécie, através da rede Continente, pertencente à companhia.

Em comunicado, a retalhista refere que, através deste projecto, pretende “reforçar a aposta na produção nacional”, assim como o “apoio às comunidades locais algarvias”, ao mesmo tempo que melhora o abastecimento de pescado nas lojas “ao nível da frescura e tempo de entrega”.

A empresa pretende ainda, segundo o director comercial da peixaria da Sonae MC, Nuno Vital, alargar nos próximos anos o projecto para outras espécies como “o robalo, o pargo e o sargo”.

“Temos como objectivo aumentar as vendas totais de pescado nacional em mais de 20% no primeiro ano do projecto, atingindo uma participação superior a 40% do total das vendas de pescado fresco. Este projecto vai permitir ainda duplicar a oferta actual de dourada portuguesa em todo o mercado”, explicou Nuno Vital na nota enviada à agência Lusa.

Ainda de acordo com a retalhista, o mercado nacional de pescado fresco apresenta, neste momento, uma auto-suficiência de apenas 33% para as actuais necessidades de consumo do país, onde cada português consome, em média, 57 quilos de pescado por ano.

As vendas de aquacultura têm um peso cada vez maior em termos de peixe e marisco fresco, mas 93% das compras de aquacultura do mercado nacional são importadas.