O único problema de Rita Rato
É de Rita Rato que é preciso perceber de uma vez por todas se nega ou reconhece a realidade histórica do Gulag como repressão em massa de milhões de seres humanos, se a condena ou não, e se se arrepende ou não das suas declarações passadas sobre o assunto.
Não, caros colegas historiadores, o problema com Rita Rato ter vencido o processo de recrutamento para dirigir o Museu do Aljube não é ela não ser historiadora nem museóloga. O que não falta por aí são excelentes diretores de museu, programadores culturais e gestores públicos que não são uma coisa nem a outra. Pode haver vantagem em ter um museu dirigido por quem tenha investigado o tema — que, já agora, não tem de ser forçosamente de história contemporânea: vai fazer em breve 450 anos de quando Damião de Góis esteve ali preso —, como pode haver vantagem em ser alguém de fora do meio historiográfico a fazê-lo. Tudo depende do projeto para o museu que tenha quem se candidata, e da avaliação de quem escolhe os candidatos.
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