O misantropo rezingão
Um retrato de província atento e sensível, que um argumento desequilibrado em nada ajuda.
Não é tanto o que se conta que importa em Surdina como o que se mostra. É uma declaração com o seu quê de irónico, tendo em conta que o filme de Rodrigo Areias vem com o imprimatur de um argumento do escritor Valter Hugo Mãe — mas é, verdadeiramente, o modo como o cineasta vimaranense filma o quotidiano de um rezingão misantropo e mal com o mundo desde a morte da esposa que ganha a sua sexta longa-metragem.
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