CDS critica partidos “pisca pisca” e elege PSD como “parceiro preferencial”
Francisco Rodrigues dos Santos diz que os adversários do CDS são a esquerda e todos os extremismos, tanto de direita como de esquerda.
O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, criticou neste sábado, em Ponte de Lima, os partidos “pisca pisca” e afirmou que os democratas-cristãos elegerão sempre o PSD como o seu “parceiro preferencial”.
Num discurso de mais de 40 minutos no Conselho Nacional da Juventude Centrista, o líder do CDS disse ainda que os adversários do CDS são a esquerda e todos os extremismos, tanto de direita como de esquerda.
“Sempre fomos um partido aberto a consensos e a convergências políticas. Somos um partido que elegerá sempre o PSD como o seu parceiro preferencial, onde haverá uma dicotomia muito clara: o PSD que cresça ao centro e deixe a direita para o CDS continuar a somar os seus votos”, referiu.
De forma irónica, o líder do CDS disse que há uma “célebre música” de Rute Marlene que “começa a fazer um bocadinho de escola” na vida política nacional. “Há partidos que olham para a esquerda e pisca pisca, olham para a direita e pisca pisca”, referiu.
Da parte do CDS, vincou, o partido está onde sempre esteve, “a representar a única direita democrática e popular em Portugal e a dar guarida a todos aqueles que queiram um projecto alternativo ao socialismo para Portugal”.
Já para as próximas eleições autárquicas, os adversários do CDS estão definidos: a esquerda mas também “todos os extremismos”, tanto à direita como à esquerda. “E vamos combatê-los [os extremismos] com a mesma energia, porque o CDS foi sempre a fronteira dos radicalismos, dos extremismos, fosse à esquerda, fosse à direita”, vincou.
Disse ainda que, em 2021, o CDS “lá estará” a comemorar os resultados eleitorais. “No final, vamos contar mandatos autárquicos. Enquanto uns loucamente e até de forma um bocadinho tola celebram sondagens, o CDS lá estará, em 2021 para comemorar resultados eleitorais”, referiu.
Na sua intervenção, Rodrigues dos Santos voltou a questionar a solução para a TAP, por ainda não ser conhecido o plano para a viabilização da empresa, e a nacionalização de empresas em dificuldades, como a Efacec. Para o presidente do CDS, o Governo não deve nacionalizar empresas, antes deve pôr em prática um “patriotismo económico”, com uma política fiscal de atraia investimento.
Criticou ainda o líder do PSD, Rui Rio, pela sua proposta para o fim dos debates quinzenais na Assembleia da República. Para Francisco Rodrigues dos Santos, os debates são “um dos mais importantes instrumentos” para fiscalização da actividade do Governo.