Tribunal egípcio confirma 15 anos de prisão para Ahmed Douma, que ajudou a derrubar Mubarak
Laico e pró-democracia, Ahmed Douma foi uma das principais figuras da revolta de 2011.
O Tribunal de Recurso do Egipto confirmou neste sábado a pena de 15 anos de prisão de Ahmed Douma, considerado uma das figuras centrais da revolta de 2011 que levou à queda de Hosni Mubarak.
Após ter sido condenado a prisão perpétua em 2015, Douma foi novamente julgado em Janeiro de 2019, altura em que foi sentenciado a 15 anos de prisão e a pagar uma indemnização de seis milhões de libras egípcias (cerca de 330 mil euros), diz a agência AFP.
Segundo uma fonte judicial, o tribunal considerou que a pena de Ahmed Douma é “definitiva” e “não pode ser objecto de novo recurso”.
Detido desde 2013, Ahmed Douma, de 34 anos, foi condenado por “reunião [ilegal], posse de armas brancas e de [cocktail] Molotov e de agressão a membros das Força Armadas e da polícia”.
Após a destituição, pelo Exército, do Presidente islamista Mohamed Morsi, em 2013, o regime do actual chefe de Estado egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, tem sido acusado de exercer uma forte repressão, sobretudo contra os militantes laicos e pró-democracia, como Ahmed Douma.