Espero Tua (Re)Volta: a política descoberta com o corpo
Assim se fez a revolução estudantil em São Paulo, entre 2015 e 2017, com a saída à rua e a ocupação de mais de 200 escolas secundárias em defesa de uma educação pública de qualidade. A realizadora Eliza Capai esteve lá e fez o documentário Espero Tua (Re)Volta. Retrato de geração a partir de alguns protagonistas: Koka, Nayara e Marcela, estudantes pobres de escolas públicas. Em Portugal está disponível no videoclube da Zero em Comportamento.
Um grupo de jovens — 15, 16, 17 anos — entra numa escola durante a noite, forçando a fechadura do portão de acesso. Em fundo, a voz de um deles resume as interrogações que passam por todos, a perplexidade colectiva e, naquele momento, silenciosa, de quem tenta apreender as implicações, a dimensão e o poder de um acto no momento em que decide avançar. “Será que isso é legítimo, que é legal? Será que a gente vai preso por ocupar uma escola? E se a gente ocupar, como ocupar? O que é que vou falar para o meu pai, para a minha mãe? Será que vale a pena radicalizar?”
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